
O jornal Folha de São Paulo foi um dos primeiros a utilizar a figura do ombudsman (critico do proprio jornal) nas suas páginas. Como eu era leitor domingueiro do jornal paulistano, num certo 19 de Março de 1995 o ombudsman depois de um passeio de negócios em nossa capital escreveu a forma simples como a gente definia aquele circulo no meio das pistas de trânsito que serve para mudança de tráfego, os antes chamados "Girador". Leiam um trecho:
"Fiz uma curiosa aquisição vocabular no trajeto entre o aeroporto e o centro de João Pessoa (PB), onde participei quinta e sexta-feiras do 1º Encontro Nacional de Ouvidorias e Órgãos de Cidadania. Dou um doce para quem adivinhar, no Estado de São Paulo e adjacências, o que é um "girador". Estava escrito numa placa de trânsito. Logo descobri que se trata do que hoje os paulistas chamam de "rotatória", não sem algum pedantismo tecnocrático. No fundo, uma maneira besta de dizer o que os paraibanos dizem melhor, com simplicidade: girador"
Hoje mesmo num programa de rádio, ouvi um dirigente municipal, usando do tal "pedantismo tecnocrático" expressar a palavra "rótula" para definir o nosso simples, sincero e fácil: girador. Mais uma vez, a necessidade de copiar, negando o que é nosso e que o povo de fora valoriza mais do que nós. Sinceramente, se rotatória é ruim, rótula é muito pior, concordam? Sempre soube que rótula é parte da dobradura do nosso joelho. Vamos e venhamos, parece que a gente vive negando a gente mesmo o tempo todo, como é que pode? Pois pra mim, girador é girador e vai ser sempre.
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