quarta-feira, 18 de abril de 2007

Sem Imitação não tem HUMOR




Os meninos maluquinhos do Pânico na TV, Rodrigo Scarpa (Vesgo) e Ceará (Silvio) conseguiram uma “autorização” do Silvio Santos de verdade para fazer imitação dele. O prazo acaba agora dia 11 de maio e parece que Silvio Santos, o de verdade, não vai prorrogar! O próprio Silvio, o de verdade, proibiu Tom Cavalcante de imita-lo. Corre a boca miúda que Lula quer impedir Shaolim de copia-lo tão perfeitamente. Ana Maria Braga anda irritada com Tom Cavalcante por imita-la tão “igualmentemente”. Chico Anysio, o grande, o enorme, o talento (ah, se não fosse tão chato!!!) imitava a torto e à direito. Foram mais de 200 personagens e muitos deles inspirados em personalidades reais como o pastor Tim Tones (copiando Rex Hurbard) ou o deputado Justo Veríssimo (claramante imitando o ex senador paraibano Humberto Lucena). Poxa, tem um comediante americano que imita George W. Bush...Parece com ele, até! E lá, a liberdade de expressão (a única coisa boa dos americanos) não impede nada disso. Já imaginaram o humor sem imitações, o que seria de mim e o “meu” Dom Marcelo Carvalheira ou se o senador Mão Santa mandasse João Claudio Moreno (PI) se calar? Coitado do Aramís Trindade, ator pernambucano, se Ariano Suassuna o proibisse de imita-lo? Gente, imitar é arte. Tanto é que quando a imitação é boa mesmo ou o imitado se irrita ou faz melhor: sai pela tangente e aceita a homenagem. Delfim Neto, ex ministro guardava todas as charges e caricaturas dele na parede do seu escritório. Se sentia homenageado.
Se essa onda de neguinho sair por aí cancelando tudo o que é imitação o que vai ser do humor? O humor é essa outra face da moeda. Se a vida fere o humor confere e ainda faz-nos rir.
Nós humoristas temos todo direito de imitar quem a gente quiser! Tô certo?

segunda-feira, 9 de abril de 2007

TrairZônia


Por ocasião da apresentação do nosso Beto Quirino, ator local, participando da minissérie AMAZÔNIA, passei a acompanhar os capítulos da segunda fase da série. Beto, com seu Cesarino, um sanfoneiro boa praça, terminou por "ganhar" um núcleo mais "mole" na trama. De "mole" entenda-se como leve, menos tenso, um nucleo com mais "festa". Afinal, é ele, Cesarino que anima as noites dos seringueiros.
Mas creio que o núcleo que se destacou nesta segunda fase foi o núcleo do "chifre", por assim dizer. Nunca, em tão pequeno espaço, se traiu tanto e em tão poucos capitulos. Foi chifre com força, tudo isso dado aos ventres quentes das mulheres insaciáveis do Acre de Glória Perez. Apesar dos homens terem aspecto mais "acreanos" as mulheres pareciam ter saído de uma boite de Ipanema, prontas pra qualquer obra.
Vejamos: Coronel Augusto (Humberto Martins, magistral) manda o irmão buscar a noiva no Rio de Janeiro e Leandro (Dan Stulbach...razoável) se apaixona por ela e ela, Risoleta (Julia Lemmertz), por ele. No nucleo de Beto Quirino, Romildo (Marcelo Faria) bota chifre no amigo sanfoneiro ficando com sua esposa Belinha (Fernanda Paes Leme), faz até uma armadilha pra ficar com a "colocação" e a mulher de Cesarino. Morre o urso!
Coronel Augusto, por sua vez, já tem uma transa certa com Anália(Leticia Spiller...dificil achar uma acreana tão "acariocada") mulher de Tiburtino (Ernani Moraes, revelando-se um grande corno!) braço direito do Coronel. Já Tiburtino pra não ser descoberto como ladrão do próprio coronel, ofereçe sua gostosa mulher ao capataz de Augusto, Raimundão (Oswaldo Mil, que fez Zé Cristo no filme de Vânia Perazzo, Por Trinta Dinheiros). Contabilizaram as traições? Ainda tem Ramiro (Caio Blat, que pensa que é filho de um boto...Eita chifre inusitado!) que acolhe em sua casa o seringueiro Heraldo (João Miguel, bom!) que passa a perseguir a esposa do dono da casa Ciça (Camila Rodrigues, estonteante!)...Até que morre de uma quase chifrada!
Como viram, por trás da heróica hístória dos Brasileiros determinados e fortes a manter o estado do Acre parte do território do Brasil, tem muito chifre e mulher sem vergonha! Ah, Glória Perez, o Acre que te julgue!
Mas a traição com o povo do Acre e do Brasil não acaba aí. Agora na terceira fase, vem a traição do governo contra este acreano nato, Chico Mendes, que o Brasil deixou morrer!